quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A gente nasce, cresce, reproduz e vira jornalista!


.....Olá pessoas! Bem, primeiramente queria falar-lhes de minha ausência – e espero que tenham sentido muito por isso (:D) -, pois eu senti. Gosto de escrever, porém, escrever tem um prazo para mim! Não é bonito o quanto essas coisas trágicas potencializam a gente? Mas não é esse o motivo de não ter escrito nas últimas semanas... Estava muito ocupado com coisas que não são úteis, porém necessárias no momento.- alguém poderia dizer: Como assim? Inútil e necessário? Eu responderia: SIM, igualzinho um prefeito! (Risos). O que faríamos sem um prefeito? Provavelmente as mesmas coisas que temos feito, mas sem um prefeito! O que faríamos sem os jornais? A resposta é a mesma! HAHAHAHA!
.....No mais, hoje, consegui desempenhar a maior parte destas minhas tarefas inúteis e necessárias e por isso estou bem humorado. Portanto, diferente da maioria dos meus textos no blog, este eu vou escrever sorrindo (e ouvindo The doors)!
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.....Hoje, enquanto preparava o almoço, lembrei de uma coisa inútil e necessária! Uma aula que tive na 4º série (no colégio Geni Comel). Uma professora de Estudos Sociais passou no quadro a seguinte frase: O homem nasce, cresce, casa, reproduz, envelhece e morre. Ela pediu para que a turma repetisse essa frase várias vezes (em coro – de alguma forma “mágica”, pouca coisa muda entre a igreja, a escola e a penitenciária). A utilidade deste exercício é duvidosa (de forma alguma penso em desconsiderar as pessoas que gostam desse tipo de coisa – tive uma disciplina de estatística na universidade esse semestre e vocês não acreditariam que lá o pessoal aprende matemática repetindo em coro o que a professora ensina. Todo mundo [ menos o r.A.] : Os dados devem ser organizados em um rol para facilitar a distribuição dos dados PRO-fe-sso-RA! {Nota: Eu sei separar as sílabas, só separei os dois “s” juntos para dar um efeito mais dramático} COISA LINDA ESSE NEGÓCIO DE APREENDER!), como disse, a utilidade desse exercício é duvidosa, mas deve valer para alguma coisa. Por exemplo: Para alguém lembrar isso uns sete anos depois, enquanto faz o almoço, e rir um pouco.
.....Neste exato momento eu estava picando uma abobrinha para cozinhar ela com carne moída (na verdade é mentira, eu não tinha carne moída, aí piquei dois hambúrgueres – Não aconselho que façam isso...). Olhei para a panela (a abóbora esquartejada) e disse para ela: Vê? Você não é um homem! Você não casou! Só nasceu, cresceu, reproduziu, envelheceu e agora eu vou te comer! Eís que talvez o espírito dela estava vagando por cima da panela e me sugeriu o seguinte: Nem todo homem casa! E isso foi o fantasma da abobrinha quem me confidenciou! Retruquei o fantasma: É... Alguma razão você tem... Lembrei que enquanto o coro dizia: O homem nasce, cresce, casa, reproduz, envelhece e morre; eu dizia: O homem nasce, casa e está morto! É óbvio que eu não sabia que tinha razão já tão jovem! Eu fazia isso para encurtar a frase e dar tempo de olhar para os outros que estavam falando e olhando para o quadro. Eu sempre achei engraçado as pessoas repetindo coisas em coro! Estou falando sério! Experimentem fazer isso uma hora dessas... Fiquem olhando as pessoas repetindo alguma coisa em um grande grupo. Parece que “rola” um “lance” de competição. Se você observar com atenção as pessoas batendo palmas para alguém, sempre tem uns que batem com mais força e ficam bravos com os que tem mais força que eles... Sem contar que o cara que puxa as palmas geralmente estufa o peito e se sente feliz consigo mesmo por ter sido o primeiro a puxar as palmas. Ele transpassa os outros com um olhar do tipo: VIRAM? FUI EUZINHO QUE FIZ ISSO, FUI EU, VOCÊS ESTÃO APLAUDINDO AGORA, MAS FUI EUZINHO QUEM COMEÇOU ESSA FOLIA TODA! E os que queriam ter começado com as palmas olham de volta com uma cara do tipo: ... ria enquanto pode... quando você se distrair serei eu a puxar as palmas... quem ri por último ri melhor! E por aí vai.
.....Senti algo assim na última apresentação da Sodoma H. Só não escrevi sobre isso imediatamente pelo fato de outras pessoas sentirem a necessidade de escrever sobre isso – inclusive eu publiquei aqui no blog sem a devida autorização um texto de uma artista plástica que se referia a isso: ela há de me perdoar a traquinagem... espero...). Algo me chamou a atenção nesse último show... A hipótese de um poeta amigo meu é que “os ouvidos vão se desentupindo com o tempo”... O fato é que muita gente saiu de casa para ir no domingo nos ver (e isso, por incrível que pareça, incomodou muita gente – principalmente integrantes de outras bandas). Eles olhavam com raiva para as pessoas que aplaudiam (sinceramente, não me importa muito como as pessoas reagem aos poemas que nós jogamos nelas... Me importa em passar esse poemas da melhor forma possível... etc...), até pensei na hipótese que esses integrantes de outras bandas ficavam com raiva pelo motivo de quererem ser eles a puxar as palmas, mas sabem, há sempre alguém mais atento do lado da gente e acaba sendo mais rápido no gatilho – palma. Ainda sobre a importância: Nos preocupamos tanto dessa vez com nosso recital de poesia que nem se quer nos demos ao trabalho de registrá-lo. Prefiro pensar na hipótese das palmas, pois, por outro lado, teria de pensar que essas pessoas não estavam gostando da “apresentação”. Aí, acho um ato de extrema burrice. Ficar em um lugar onde você não gosta do que está vendo para falar mal depois não é um exercício crítico, é um exercício de masoquista! Eu mesmo já fui masoquista, hoje prefiro perder meu tempo picando abobrinhas... vejam, as abobrinhas tem muito mais a dizer que muitas pessoas nessa cidade! Por último, para finalizar esse desvio de rota no assunto, só gostaria que algumas pessoas deixassem de ser hipócritas e não nos parabenizassem por fazer aquilo que há muito não se faz nessa cidade. Prefiro que falem sobre o meu tênis que está descolado na ponta (e não tenho dinheiro para comprar outro par) antes de ficarem fingindo que gostam do que a Sodoma H. faz ou deixa de fazer. Como escrevi em outro texto e acho que não foi lido (ou recordado) e por isso vou reescrever: Não vão pensar que eu não sei o que vocês realmente pensam de nós! Vocês não são tão bons assim em fingir um sorriso e uma lisonja! Eu sei... Entendem? Eu sei!
.....E aí eis que terminei de cozinhar a tal da abobrinha!Não ficou tão ruim. Me trouxe aquela recordação da aula de estudos sociais e eu fiquei pensando sobre a reprodução enquanto fumava um cigarro após o almoço. Pensei: Quem se doa demais em ficar unicamente reproduzindo já está morto e esqueceu-se de cair! E vai que alguém lembra esses mortos de que já morreram? Eles já tem embutido toda uma filosofice que engendra na patifaria. Se você diz para eles que eles estão apodrecendo em pé, eles ainda acham que você está oprimindo eles! Inclusive disse semana passada para uma amiga que ela estava ridícula fazendo o que estava fazendo e ela achou que eu queria comê-la! HAHAHAHA... Que que é isso? Eu gosto mesmo é de comer abobrinhas!

r.A.- Dando risada que nem jogral!

Obs: Espero ter matado a saudade dos que me gostam com essas palavras todas... Viu guria que me cobrou um texto na sala de aula? Eu escrevi outro! :D

NOTA DE RODA-PÉ-NO OUVIDO: Para as pessoas que fizeram todo um estardalhaço em relação ao fato do Paul McCartney estar em Porto Alegre... Por favor, me poupem desse assunto! Não vejo nada que valha a pena nisso... É um noninho milionário com um violão que vale mais do que o dinheiro que vocês conseguiram reunir em toda uma vida, porém, é preciso fazer muita força para encontrar alguma coisa de poesia nas músicas dele – “quem sabe inventar” que lá tem alguma coisa de poesia-(E ISSO PROVA QUE UM EQUIPAMENTO BOM NÃO É TUDO!). John Lennon disse: Paul só fez yesterday, o resto é fiasqueira! E eu quase concordo: Acho Yesterday chata e BICHENTA! Para a geração Beat aposentada que cuida dos netos e fuma maconha escondida, acho que é bem didático torrar uns 400r$ para ter alguma coisa para falar até o fim do ano... Para a juventude que baba ovo dos livros beat, por favor, comprem uma garrafa de gim e vão para o outro lado do bar que eu tenho alergia de pseudo-saudosistas (pois, a única referência que eles têm dos beats é os livros que os beats escreveram para não passar fome... ou para afastar a ideia de fome...).

3 comentários:

Animais terrestres disse...

Eu até iria sugerir a postar meu texto...hehe...
Depois do seu "almoço" diferente, só completou o que eu esqueci de colocar no meu...

Percebe-se o bom humor do Rodrigo neste texto...houhouhou

Lisi Sammet disse...

Baah! Muito fera o texto, e sim obrigada por nos permitir novamente apreciar suas palavras. :D


PS.: Não sei se era eu, a "guria que te cobrou na sala de aula", mas enfim, adiantou, e eu curti.

Gustavo Matte disse...

Bah meu irmão, tu não sabe como foi a zoeira por causa desse show aqui em porto alegre. Foi uma pagação de Paul interminável. A tua definição de noninho blábláblá é perfeita, hehehe... As pessoas foram e acharam que estavam tendo o melhor momento de suas vidas. Na verdade, tavam é enchendo os bolsos de um velho fútil que deu muita sorte na vida, e o fato é que esse imbecil vai usar essa grana pra fazer outro desses casamentos fúteis milionários enquanto esse mundo de merda despenca ao seu redor.

Eu curto muito ouvir uns beatles, especialmente as músicas dele. Mas já faz tempo que parei de ver homens como ídolos. Ele é só um cara, não é?

Aliás, tu viu que o tombo que ele caiu no morumbi? Fosse no pacaembu, era penalti pro corinthians.

Heheheheh...

que infâmia.