domingo, 7 de agosto de 2011

Quer dizer que não ser idiota é ser como você?

“Ambição te faz parecer muito feio

Esperneante esgoelante porquinho da Gucci”

(Paranoid Android- Radiohead)

..... Não posso esconder que sinto “nojo” de pessoas que fundamentam sua própria existência em si mesmas. Isso quer dizer, sem aprofundamentos desnecessários para um texto demasiadamente simples, que me sinto nauseado por pessoas que elevam a si mesmo a um status de “grande coisa” para menosprezar aqueles que eles opõem enquanto “pouca coisa”. Pode lhes parecer um pouco brutal o que vou dizer, mas nas tripas da rainha da Inglaterra ou no cara que organizou a parada gay em São Paulo ainda tem MERDA. Então não somos anjos – no imaginário popular, anjos não cagam! E me parece que pessoas de nariz arrebitado, que são bastante convencidos de uma nobreza que não possuem, desesperadas para afirmar alguma dignidade que perderam e incapazes intelectualmente de avançar de forma séria para a construção de uma singularidade necessária, esquecem da merda que todo ser humano carrega nas tripas. Então, mesmo que você leia milhões de livros ou nunca tenha lido livro algum, você não caga uma merda melhor do que a de qualquer outro ou bicho (A). Como disse, sinto “NOJO” e não raiva de pessoas assim. Porque pessoas assim são protagonistas das maiores mediocridades humanas! E a mediocridade humana – pensar com a cabeça dos outros-, embora aceite e acredite que ela tem lá seu papel, procuro evitar que cruze meu caminho. Mas às vezes somos expostos a apresentação de acessos de ambas: Gente que quer elevar a si mesmo ao status de “grande coisa” e para isso tem, quase condicionalmente, que passar por uma explosão de mediocridade. Já tive pena de pessoas assim, mas depois de longamente ter me exercitado na filosofia percebi que sentir “pena” é pressupor estar em um patamar mais elevado. E não quero altares, hoje, pelo menos – e acho que atingi alguma maturidade quando assimilei isso em mim.

..... Em geral, essas pessoas que se acham “grande coisa” possuem uma imensa revolta dentro de si e por isso tem constantes “chiliques”. Pois não conseguem sustentar esse “grandecoisismo” do qual são fanáticos! Assim como temos merda nas tripas tudo que é possível acontecer com outros seres humanos, pode acontecer conosco – bastante óbvio, eu sei- e não fracassar é impossível! Mas os fanáticos de si mesmos não conseguem entender como alguém tão GRANDIOSO não passa de um jornalistazinho de meia tigela empregado em uma revistinha das putinhas burguesas de Chapecó – e por um salário de fome-, por exemplo. (r.A., agora você foi muito revelador... eu sei, mas é para ser bem didático). E por isso ele saltita de um lado para outro arrancando tufos de cabelos, explodindo na sua mediocridade. Por um tempo, esses tipos GRANDIOSOS, INTELIGENTÍSSIMOS, GENIAIS – obviamente somente na frente do espelho-, gastam uma boa parte da vida se auto-promovendo mergulhados na estranha obsessão de tapar os buracos (com qualquer tipo de objeto em mãos) e esquecer da merda que tem nas tripas. Julgam a vida de um, julgam a vida de outro – verdadeiros juízes que, fracassados, não passam de advogados de si mesmos – para esquecer de suas próprias vidas. Assim surge a receita e destes: Reduzir os outros para suportar não conseguir sustentar o EGOCENTRISMO agonizante. E os que ficam em torno desses, terminam por sofrer de um adestramento – coisa de poodle. Até um artista poderia se converter em verme atingido por essa neurose!

..... Estes que gostariam de ser algo que não são, terminam por investir unicamente nessa GRANDEZA. Mas, vamos lá... Obviamente a pessoa certa está lendo agora... Você é GRANDE no que? Afinal? Só é grande hehehe. Que lastimável!

..... Como vocês podem ver nitidamente (Nietzschidamente, hehehe) não é uma ação isolada de um sujeito que sofre de sua mania de grandeza – vítima de si mesmo, pobre coidado-, é uma denúncia psicológica de uma vida toda regada a valores medíocres, nunca colocados a prova até as últimas consequências! O que aconteceria se refletisse sobre si mesmo? Provavelmente continuaria a fazer o que tem feito. Reduzir os outros para aceitar a própria merdinha que se tornou. Pessoas assim, quanto mais reduzem os outros para “masturbar-se psicologicamente”, mais não conseguem afastar os olhos fixos da imagem tosca de si mesmos. Sofrem com a alegoria que enfrentam no espelho e antes de resolverem-se consigo mesmos preferem atacar o próprio espelho! Acham que conseguem atacar alguma coisa, mas só seguem atacando a si mesmos em um tipo de circulo masoquista. Bate no espelho, corta a mão, distorce ainda mais a própria face!

..... Esse fanatismo, esse descontentamento consigo mesmo lançado para todos os lados - culpado é o outro que não aceita minha grandeza e mais blábláblá-, está na moda! É claro que isso é sério! Como dizia Cioran no seu texto “genealogia do fanatismo”, é com bastante sangue que pagamos por não sermos indiferentes. Preguiçosos, talvez, para essa doutrina de masturbação pública! Como diz um filósofo amigo meu (PCê):_ “É menos, BEM menos!”. E se isso não lhes parece perigoso, agora lhes direi um choque que pariu este texto. Um desses fanáticos agrediu na minha frente uma amiga! Embora ela, para aliviar a situação dissesse que não foi nada, para minha sensibilidade em choque até o presente momento, ainda é bastante coisa! Continuo achando “nojento” enquanto escrevo sobre o tema. Não deveria estar sentindo “asco”, mas não sou um psicólogo treinado (risos) para tratar de tal paciente – que com toda certeza precisa de um acompanhamento psicológico (e provavelmente, esse sujeito do qual trato mais especificamente agora, deve achar GRANDE COISA precisar de acompanhamento psicológico – é que ele fez algumas péssimas leituras de Caio F. (risos)). Não tenho sangue frio o suficiente para fazer uma análise profissional sobre a demência deste indivíduo. Sou um filósofo – e odeio o termo “profissional”-, e, aliás, um filósofo que gosta de mergulhar profundo sem abandonar a escrita marginal. E por isso, para encerrar esse texto de forma bem “anti-profissional”, quero voltar a levantar uma pergunta que tive de fazer para um fanático destes que ameaçam seus amigos na noite: Quer dizer que não ser idiota é ser como você? Então senhor (A) fanático (A), vou sempre preferir ser tido como um idiota para pessoas como você, do que pertencer a um tipo como o seu! Me fiz entender? Ou preciso desenhar para uma inteligência débil como a sua? E aprenda a ouvir Radiohead, talvez eles dissipem esse seu recalque e absolutismo de termos vulgares – e pensamento vulgar ao extremo do excremento. E se tocar em alguma amiga minha na minha frente TE ARREBENTO até o espírito!

r.A. – Que não é peixe, nem ave e nem uma mariquinha fanática!

Obs: Essa história de não se conhecer uma pessoa, grande piada! Uma pessoa se revela sim na totalidade com uma mera ação!Se não fosse isso, então a arte seria mero artesanato!

2 comentários:

andre romas disse...

"bom texto" mas acho que faltou pesquisa, tem que ter mais estrada, experiencia..procure os meus trabalhos de pesquisa e... bla bla bla... ateh piada com essas frases é chato....

r.A. disse...

hahaha!
Aham. Só falta se achar porque escreve num jornaléco de quinta!