terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fulo de Mala (para quem gosta de contar vantagens!)

.....Não é fácil ser um mala, suponho. Também acreditava que não era possível ser mala o tempo todo – e sem alça. Mas é incrível! Existem pessoas que realmente chamaram para si o “ser-mala”. Uma coisa que me irrita é gente tagarela. Gente que não fecha a matraca por um segundo para pensar no que diz/escreve. Verdadeiros ratinhos eletrificados. Pulam e saltam e não param de opinar – como bem sabemos de opinião não se faz filosofia. E imagino ser este o motivo que leva um “mala” a não suportar minha presença. Admito que me divirto bastante quando vejo um ratinho preso na ratoeira se debatendo como louco – tendo levado uma dura cacetada no rabinho. Pobre bichinho.

.....Não tenho nenhuma pretensão em medir conhecimentos com ninguém. Já tive, quando pirralho. Acho de péssimo habito fazer isso. Tenho para mim que só alguém que não está resolvido consigo mesmo deseja sair por aí profetizando. Querendo impor seu “Deus”, neste caso, seu conhecimento, acima dos outros. Manuais básicos de ciências sociais trazem essas boas novas e conceitos relativos e generalizantes ao extremo direcionados didaticamente para adolescentes. É daí que esses tais malas se gozam escrevendo diversos textos acreditando piamente que existe apenas uma noção de sociedade (aquela que todos fazem parte) e uma só identidade (aquela que se aplica até aqueles que não a aceitam) e a história então: mais relativa impossível. É um passar por cima da singularidade a torto e direito. É quase inacreditável que ainda o ser humano consiga respirar depois de tanta ficção asfixiante!Schopenhauer já postulava que de 30 em 30 anos surge uma nova safra de acadêmicos. Incapazes de um pouco de estilo e de sentir o gosto denso do saber. Acumulam o conhecimento da humanidade para unicamente tagarelar. Cita aqui e cita lá. Verdadeiro esporte de verborragia. Não criam conhecimento, apenas citam (é que de alguma forma sabem que não possuem nenhuma autoridade em assuntos que abordam). Como já me avisava um velho amigo em uma conversa em um sebo: “Você já percebeu que certas pessoas acreditam ser intocáveis?”. É como se a academia tivesse ensinado esses figurões a tagarelar sobre a humanidade usando de métodos generalizantes, porém nada de falar deles: são divinos! Pois é, e eu, como Pessoa, “farto de semi-deuses”.

.....Interessante também são os “alfabetizados analfabetos ”. Sim, pessoas de pouca visão para coisas mais profundas. Tem gente “fula de mala” que na ânsia de atingir alguém – ressentidos, claro – se botam com a filosofia. Devem tomar uma forte injeção contra o sentir-se ridículos, pois, é quase fantástico ver como “fulos de malas” assim se atiram de cabeça no ridículo errando o alvo e caindo com a cara na merda. Em geral, fica difícil depois deste espetáculo ridículo, separá-los da merda – parecem, como que, feitos do mesmo material e de respectiva densidade. Mas pasme, esse é hoje o pré-requisito para escrever em jornais e revistas. Porém, se já sabemos que isso é óbvio, qual é o motivo que me leva a voltar a escrever sobre isso? O filósofo Bertrand Russell já dizia com bom humor: “Onde tudo está podre é função do homem gritar peixe fedido”.

.....Aprendi cedo, morando no interior, que gente que conta muita vantagem na hora do “vamos ver” suja às calças. E por isso já digo “chega de história” que o papo aqui é mais sério. E se o chapéu serviu... você não precisa necessariamente usá-lo. Todavia, se você usou o chapéu e esse lhe doeu na cabeça – alguma coisa de verdade deve ter no que eu disse para você gastar tanta energia assim comigo. Pois é. E andar por aí desfilando com uma pistola de isopor não vai melhorar sua situação – embora sempre exista um idiota de plantão para ser convencido a jogar confete em gente que “Elogia” para depois “Incluir-se” no bando. Aprender a fechar a boca e babar menos nas pessoas, talvez, melhore, ou alimente o amor próprio. O resto é mais história...

r.A.- Quem sou eu? Apenas um cara bom no manejo do reio!



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