terça-feira, 17 de maio de 2011

Melhor seria ser um burro, relinchou a mula pateando o chão com raiva!




..... Algumas semanas se passaram desde que postei o último texto. Escrever, desde meus oito anos, é um vício! Porém nem sempre sinto vontade de publicar. Por causa do egoísmo? Também, admito! Algumas coisas prefiro que fiquem para mim. Mas nesses últimos dias tanta gente estava escrevendo sobre os dois únicos assuntos (não preciso entrar em detalhes, vocês sabem do que falo – os “assuntos pop”, eu diria) e falando tanta bobagem que até eu tive de me questionar sobre a necessidade de publicar algo. Bem, em primeiro lugar, se fosse para escrever o lixo que alguns cronistas, alguns jornalistas, alguns –em suma- “bundas moles” escrevem, melhor seria parar de escrever- graças a Geovágem, desde mal não padeço. Esse pensamento (e trava) que me visitou, também veio por conta da quantidade de pessoas que passaram a acessar o meu blog. Alguns de vocês terão de convir comigo: não escrevo para todos! E antes que muitas pessoas venham me ler por motivos distorcidos (como aconteceu com alguns de meus textos, onde fui divulgado por uma “boca do lixo”), melhor dar um tempo.
..... Confesso que passou pela minha cabeça transformar o blog em um diário, sabem? Colocar fotinhas de meus amicíssimos e crescer nas costas de alguns – como deve ser. Pensei em abraçar poetas e artistas, só para a foto, sabem? Escrever: Este sou eu e o meu muiiiiiiiii amigo fulano de tal! Também pensei em frequentar eventos decadentes de juventude alucinada (eu disse juventude? Quis dizer adultos que não querem deixar de se comportar feitos adolescentes!). Tirar fotos, muiiiiitas fotos. Escrever relatos do tipo: Ontem a profe Margarida, do jardim de infância, levou meus amiguinhos e eu passear pelo bairro e etc. Mas só de pensar nisso me senti um imenso, gigantesco, maior que o mundo, IDIOTA! E ai, graças a minha afiada autocrítica, tomei um pouco de senso e prumo.
..... Com o tempo, meu olhar foi desviando de todo nojo, e assim a vontade de publicar algo – já sabendo que não corria o risco do fiasco- me voltou. Mas como toda guerra cobra seu preço, minhas ideias se foram (pensei em substituir a palavra “guerra” por “puta”, mas ainda são 22: 05 horas – esses termos são cabíveis somente após as 22:30 em blogs, 06:01 na T.V.). É claro que estou me referindo a boas ideias! Há uma série de ideias que até dariam um bom texto, mas eu as gastei em outras coisas. Hoje, por exemplo, pensei em escrever sobre as mulheres em geral. Sobre como a maioria das mães das mulheres que andam por aí tiveram casamentos tediosos e aconselharam suas filhas a procurar homens bonitos, ricos e gentis – não cometa o mesmo erro que sua mãe, minha filha! Pensei em escrever que em geral homens bonitos, ricos e gentis gostam de homens. Se eu escrevesse sobre isso, por exemplo, diria que homens que procuram mulheres bonitas, ricas e gentis deveriam esquecer a palavra inteligente. Causaria alvoroço, eu bem sei. Mas a culpa é do preconceito e velhos estereótipos... é que vivemos em uma sociedade cheia de preconceito e velhos estereótipos! Minha nossa, você não sabia???? Mas em que mundo você vive? No das sociedades sem preconceito e estereótipo???? A culpa é da sociedade (Filomena amiga, diz Umberta para a vizinha que não leu o jornal). Por quê? Ora, porque está na moda falar que a culpa é da sociedade, só isso e ponto final. Mas claro, essas ideias ficaram só na hipótese; não seria louco de escrever tais coisas. E se escrevesse, encerraria dizendo que o conceito de sociedade se tornou uma abstração tal qual “diabo” ou “psicólogo inteligente”. É claro que vocês sabem que eu não seria capaz de uma maldade dessas! Certa vez alguém gritou: r.A só sabe falar mal dos outros! Pensei: esse aí sabe o valor da minha caneta! (Também pensei: Vai tomar no cu!, mas vocês sabem, eu nunca escreveria algo assim). Sem muitas ideias, comecei a formular máximas (disse no plural para que vocês pensassem que eu formulei várias, mas na verdade só formulei uma e depois peguei no sono), do tipo: “O dinheiro não é tudo, mas por enquanto não sei fabricar minha própria cerveja”. É claro que abandonei, logo que Dalai Lama já disse isso – ou quase disse...
..... Por fim e obviamente menos importante, não sei como concluir. Poderia pedir para que vocês me enviassem uma caixa de cerveja pelo correio, mas ninguém me obedece! E é por isso que eu não gosto da sociedade – hohohoho!

r.A.

3 comentários:

LenOo disse...

A civilização se tornou tão complicada
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir o calcanhar de Aquiles
Como um só um palito pára o motor

Rodrigo disse...

Pare de escrever, hora de imprimir pessoas.

r.A. disse...

Embora pareça estranho, há pouco escrito e muito impresso!

:)