.....Quantos pedaços me custaram até que eu compreendesse: tudo no humano é corpo! Hoje entendo o que minhas dores de estômago estavam me contando. Revelavam aquilo que minha razão viciada dissimulava! Aliás, razão é (no) corpo. A dissimulação habitava a negação do mesmo. Tentar sumir com o outro é não se suportar na presença do outro. Vencer, quando não é a si mesmo, significa uma promessa simulada: ocupar com o corpo todo o lugar do corpo todo do outro (delírio histérico). É claro que já fui atacado por uma corja que gostaria que eu sumisse! Mas como não gasto minha escrita para submeter os outros a mim, também sei escrever para chutar a bunda de quem quer me diminuir!- e de lambuja, dou lições... para desamassar a bunda chutada!
.....Pulsão para uns, vontade para outros, é um semi-círculo. O corpo quer viver, mas raras vezes sabe como... Saber, nem sempre é razão. Razão, espada de lâmina invertida: defende, mas corta quem a usa, cobra com sangue a audácia do uso. Razão e sentimentos, não acontecem separados (nem fora do corpo). Pulsão para uns, vontade para outros e no mais: linguagem. Tudo no humano é corpo, tudo no corpo é linguagem. Linguagem é base coletiva- é no coletivo que corpo se torna corpo-, fator silencioso que espreita pelo chão. Rasgar a linguagem movido por um corpo sensível que absorve “o mundo” até a insuportabilidade é exercício pré-filosófico. Insistir com vigor até “verdade” interior expressada em conceito(s) é filosofia.
.....Filosofia, enquanto palavra, pede conceito. Estar nela, não se ensina, por mais que se fale da tradição (nas palavras de Foucault: A tradição cultural ocidental, não uma tradição, mas “A tradição”)... É um sentimento expressável, no entanto, no intento de sentir a expressão do filósofo, aquele que se pretende na filosofia, necessita “criar” a expressão que lhe foi destinada. Acreditar que se apreende, única e exclusivamente pelo viés racional, é bobagem grande – pois o racional, não é somente racional. Insistir em aplicar um recorte de um filósofo sem elucidar o que se abandona, é o mesmo que não ter feito nada. Mero palavrório! Se fosse possível uma analogia, diria: É como você ignorar metade da tela do artista e acreditar ter estado aberto para a obra – e ainda se sentir no direito de um juízo!-, preocupem-se menos com o “suporte”, arte e filosofia não são montar uma bicicleta, nem um curso técnico no SENAI. Muito menos história. O conceito, se tratando de filosofia, não respeita cronologias – mesmo sendo o conceito criado em determinado contexto, ele ultrapassa o contexto: daí Heráclito, ser por vezes, bastante atual. O conceito na filosofia é o que perdura! O conceito é o núcleo do pensamento de um filósofo, parido em junções, justaposto onde antes havia “Quase-vazio” (ex: Inteligência hipertrofiada em Cioran, Vontade de potência em Nietzsche, Cogito em Descartes, Imperativo categórico em Kant, Cornucópia em Maquiavel, etc.)
.....Tudo no humano é corpo, mas há um sentir que transforma esse “corpo”. Cobrar de um filósofo corpo de historiador-psicólogo-jornalista- etc, é pedir que uma pantera viva como uma codorna (não tomem isso como menosprezo em relação aos animais utilizados na analogia, não se trata disso)! Ou seja, é desejar algo impossível para a condição do corpo. Não há menos, nem mais, há diferenças!
.....Cobrar e estar atento a contradições de um filósofo é esquecer o devir inerente a vida (O filósofo não para meus amigos, ele segue pensando sempre, um dia de leitura ou reflexão para um filósofo é mais que um mês coletando empirias pelas ruas – e não se esqueçam que ele também caminha pelas ruas, mas com sensibilidade a flor da pele). É estar alienado a uma única “forma” da linguagem. É aceitar apenas uma regra. Um argumento na filosofia transcende uma regra aritmética. Somar argumentos e analisá-los se eles mergulham em contradição é fazer qualquer coisa menos filosofia (já foi, mas não é mais por aí) – e quando se ler filosofia, aconselho que se esteja a par da escrita em filosofia para não se cometer esses equívocos vergonhosos. Prova da falta de cuidado e, inclusive, honestidade intelectual – custosa aos grandes da humanidade. Um conceito é singular, a singularidade também está entregue ao devir...
..... Imagine se você comparar os conceitos criados por Nietzsche no “O nascimento da tragédia no espírito da música” com outros manifestados no “Crepúsculo dos ídolos”. Se alienado em uma única formalidade de linguagem, gritaria por aí: Viva a contradição (achando que venceu alguma coisa – lembrem-se o que eu escrevi sobre vencer no primeiro parágrafo)! Neste caso, dizer: viva a contradição seria o mesmo que proferir em alto e bom som: VEJAM COMO EU SOU UMA MULA! E meus amigos, sem modéstia parte, tenho visto tantas mulas por essas bandas... munidos de diplomas – novo hit do momento, ter um diploma e uma pesquisa- e endossando seus discursos pedantes com o nome de autores como se fossem mantras que se eu já não fosse vacinado vomitaria nos pés dessas figuras. Mas é aí que percebi: Aceite-os! E meu estômago parou de doer. Realmente desenvolvo a “arte de conviver com mulas”. Como? Ora, rindo! Não sei se sabem, mas eu descobri que tenho dois blogs (risos). O que eu escrever aqui, amanhã estará escrito ao contrário pelo meu “assistente” em um outro blog (mais risos). Qual motivo? É que ele não tem mais o que fazer! Pobre homem! Ele acredita piamente que tudo que eu escrevo é sobre ele – sim, paranóia do apaixonado! Provável que ele encontre um gozo nisso.
.....Por fim, espero ter apresentado para alguns um pouco de filosofia para que não cometam tantos equívocos quando escreverem sobre a mesma, inclusive, “área” que alguns não possuem um pingo de domínio e proferem besteiras ilegíveis. Aconselho que escrevam em suas respectivas “áreas” para não permanecer no fiasco, ou que aprendam um pouco sobre a “área” ao abordá-la. Mas é claro, isso é pedir demais! Alguém que comete um fiasco desses não o faz por cometer equívocos em determinado momento, mas por já estar no equívoco há algum tempo. Gostaria que as pessoas não me homenageassem criando blogs para mim, mas aprendendo a escrever com força, e aí criando blogs para si mesmos!
r.A.
.....Pulsão para uns, vontade para outros, é um semi-círculo. O corpo quer viver, mas raras vezes sabe como... Saber, nem sempre é razão. Razão, espada de lâmina invertida: defende, mas corta quem a usa, cobra com sangue a audácia do uso. Razão e sentimentos, não acontecem separados (nem fora do corpo). Pulsão para uns, vontade para outros e no mais: linguagem. Tudo no humano é corpo, tudo no corpo é linguagem. Linguagem é base coletiva- é no coletivo que corpo se torna corpo-, fator silencioso que espreita pelo chão. Rasgar a linguagem movido por um corpo sensível que absorve “o mundo” até a insuportabilidade é exercício pré-filosófico. Insistir com vigor até “verdade” interior expressada em conceito(s) é filosofia.
.....Filosofia, enquanto palavra, pede conceito. Estar nela, não se ensina, por mais que se fale da tradição (nas palavras de Foucault: A tradição cultural ocidental, não uma tradição, mas “A tradição”)... É um sentimento expressável, no entanto, no intento de sentir a expressão do filósofo, aquele que se pretende na filosofia, necessita “criar” a expressão que lhe foi destinada. Acreditar que se apreende, única e exclusivamente pelo viés racional, é bobagem grande – pois o racional, não é somente racional. Insistir em aplicar um recorte de um filósofo sem elucidar o que se abandona, é o mesmo que não ter feito nada. Mero palavrório! Se fosse possível uma analogia, diria: É como você ignorar metade da tela do artista e acreditar ter estado aberto para a obra – e ainda se sentir no direito de um juízo!-, preocupem-se menos com o “suporte”, arte e filosofia não são montar uma bicicleta, nem um curso técnico no SENAI. Muito menos história. O conceito, se tratando de filosofia, não respeita cronologias – mesmo sendo o conceito criado em determinado contexto, ele ultrapassa o contexto: daí Heráclito, ser por vezes, bastante atual. O conceito na filosofia é o que perdura! O conceito é o núcleo do pensamento de um filósofo, parido em junções, justaposto onde antes havia “Quase-vazio” (ex: Inteligência hipertrofiada em Cioran, Vontade de potência em Nietzsche, Cogito em Descartes, Imperativo categórico em Kant, Cornucópia em Maquiavel, etc.)
.....Tudo no humano é corpo, mas há um sentir que transforma esse “corpo”. Cobrar de um filósofo corpo de historiador-psicólogo-jornalista- etc, é pedir que uma pantera viva como uma codorna (não tomem isso como menosprezo em relação aos animais utilizados na analogia, não se trata disso)! Ou seja, é desejar algo impossível para a condição do corpo. Não há menos, nem mais, há diferenças!
.....Cobrar e estar atento a contradições de um filósofo é esquecer o devir inerente a vida (O filósofo não para meus amigos, ele segue pensando sempre, um dia de leitura ou reflexão para um filósofo é mais que um mês coletando empirias pelas ruas – e não se esqueçam que ele também caminha pelas ruas, mas com sensibilidade a flor da pele). É estar alienado a uma única “forma” da linguagem. É aceitar apenas uma regra. Um argumento na filosofia transcende uma regra aritmética. Somar argumentos e analisá-los se eles mergulham em contradição é fazer qualquer coisa menos filosofia (já foi, mas não é mais por aí) – e quando se ler filosofia, aconselho que se esteja a par da escrita em filosofia para não se cometer esses equívocos vergonhosos. Prova da falta de cuidado e, inclusive, honestidade intelectual – custosa aos grandes da humanidade. Um conceito é singular, a singularidade também está entregue ao devir...
..... Imagine se você comparar os conceitos criados por Nietzsche no “O nascimento da tragédia no espírito da música” com outros manifestados no “Crepúsculo dos ídolos”. Se alienado em uma única formalidade de linguagem, gritaria por aí: Viva a contradição (achando que venceu alguma coisa – lembrem-se o que eu escrevi sobre vencer no primeiro parágrafo)! Neste caso, dizer: viva a contradição seria o mesmo que proferir em alto e bom som: VEJAM COMO EU SOU UMA MULA! E meus amigos, sem modéstia parte, tenho visto tantas mulas por essas bandas... munidos de diplomas – novo hit do momento, ter um diploma e uma pesquisa- e endossando seus discursos pedantes com o nome de autores como se fossem mantras que se eu já não fosse vacinado vomitaria nos pés dessas figuras. Mas é aí que percebi: Aceite-os! E meu estômago parou de doer. Realmente desenvolvo a “arte de conviver com mulas”. Como? Ora, rindo! Não sei se sabem, mas eu descobri que tenho dois blogs (risos). O que eu escrever aqui, amanhã estará escrito ao contrário pelo meu “assistente” em um outro blog (mais risos). Qual motivo? É que ele não tem mais o que fazer! Pobre homem! Ele acredita piamente que tudo que eu escrevo é sobre ele – sim, paranóia do apaixonado! Provável que ele encontre um gozo nisso.
.....Por fim, espero ter apresentado para alguns um pouco de filosofia para que não cometam tantos equívocos quando escreverem sobre a mesma, inclusive, “área” que alguns não possuem um pingo de domínio e proferem besteiras ilegíveis. Aconselho que escrevam em suas respectivas “áreas” para não permanecer no fiasco, ou que aprendam um pouco sobre a “área” ao abordá-la. Mas é claro, isso é pedir demais! Alguém que comete um fiasco desses não o faz por cometer equívocos em determinado momento, mas por já estar no equívoco há algum tempo. Gostaria que as pessoas não me homenageassem criando blogs para mim, mas aprendendo a escrever com força, e aí criando blogs para si mesmos!
r.A.