domingo, 28 de junho de 2009

Eu penso no sangue derramado

Acordado olhando pela janela do meu quarto
Com a insatisfação de uma vida que nem sei o quanto durará
Até o portão talvez...
Até o sol dar a sua volta.

Sons na minha cabeça
Como as lágrimas de uma mãe em um noticiário
Com seu filho ensangüentado no colo

O último na madrugada?
Sem sinal da cruz, sem sinal algum...

O cantar fraco de um galo fraco
Passos rápidos nas pedras da rua escura
Luz do poste
Olhando para as mãos...

Seria eu responsável por esse sangue?
Peso
Dor
Hospital para mim e para nós...
Mais um novo noticiário matinal
Marginal
eu

responsável
dor
dor
dor

Uma linha de tripa que nos liga como telefone sem fio



r.a.

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